Mali, um elefante asiático que já foi conhecido como o “elefante mais triste do mundo”, faleceu depois de passar quase meio século em cativeiro no Zoológico de Manila.
A sua morte, anunciada pela prefeita Honey Lacuna, marca o fim de uma vida marcada por polémicas e apela à sua liberdade.
Décadas de Solidão
Nascido Vishwa Ma’ali, Mali foi transferido do Sri Lanka para as Filipinas ainda filhote em 1977.
Durante a maior parte dos seus 45 anos no Zoológico de Manila, Mali viveu sozinha, tendo seu único companheiro, outro elefante chamado Shiva, morrido em 1990, relata a BBC.
Este isolamento foi motivo de preocupação para muitos defensores do bem-estar animal, incluindo a PETA, que a apelidou de “o elefante mais triste do mundo” devido ao intenso confinamento e solidão que suportou.
Campanhas globais pela libertação do Mali
A situação do Mali atraiu a atenção internacional, com celebridades como Paul McCartney e a Dra. Jane Goodall defendendo a sua mudança para um santuário. McCartney, numa carta ao presidente filipino Benigno Aquino III, expressou profunda preocupação com o bem-estar do Mali, instando a sua transferência para uma vida melhor, relata a Individuals.
Mali, no entanto, permaneceu no Zoológico de Manila, onde period um rosto acquainted para os visitantes e considerada parte integrante do estabelecimento.
Os últimos dias
Nos seus últimos dias, a saúde do Mali piorou drasticamente. De acordo com o The Impartial, o Dr. Heinrich Patrick Peña-Domingo, veterinário-chefe do zoológico, observou que Mali foi vista em perigo, esfregando a tromba contra a parede em sinal de dor.
Apesar dos esforços dos veterinários do zoológico, que administraram anti-histamínicos e vitaminas, o Mali acabou sucumbindo a complicações de saúde, incluindo câncer e obstrução da aorta.
Controvérsia e crítica
O cativeiro do Mali provocou uma divisão de opiniões. Ativistas dos direitos dos animais criticaram as condições do Zoológico de Manila, alegando que o Mali sofria de negligência e cuidados médicos inadequados.
Numa declaração à CBS Information, a PETA Ásia disse que Mali, que tinha quase 50 anos, morreu no seu “curral de betão estéril”, por causa da “indiferença e ganância”.
Em contraste, as autoridades do jardim zoológico e algumas figuras locais argumentaram que o jardim zoológico period o único lar que o Mali conhecia e que recebia cuidados adequados. O prefeito Lacuna expressou uma ligação pessoal com o Mali, destacando-o como parte da vida daqueles que cresceram visitando o zoológico, relata a BBC.
Consequências e Reflexão
A morte do Mali reacendeu as discussões sobre a ética do cativeiro e do bem-estar animal. Grupos de defesa dos direitos dos animais argumentam que a história do Mali deve servir de lição contra o confinamento solitário de animais sociais como os elefantes, embora alguns ainda vejam os jardins zoológicos como importantes ferramentas educacionais e de conservação, observa a CBS.
A história do Mali, uma mistura de afecto público e defesa de um melhor tratamento, é um testemunho da complexa relação entre humanos e animais em cativeiro.
Também levanta questões críticas sobre o bem-estar animal, o papel dos jardins zoológicos e a responsabilidade que temos para com as criaturas sob os nossos cuidados.
Esse artigo por Matthew Russell foi publicado pela primeira vez pelo The Animal Rescue Website. Imagem principal: Pexels.
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